O Caminho do Arco e Flecha Japonês

Influência Chinesa

 

O Arco e Flecha é considerada uma das armas mais antigas criadas pela humanidade, acredita-se que há 20000 A.C. já havia utilização, mas que o povo egípcio foi o primeiro a adotá-lo ostensivamente nos seus métodos de caça e de guerra (5000 A.C.). Não só os egípcios, mas também os Hititas e Assírios (1200 A.C.) se confrontavam munidos de arcos e flechas.

Na China o uso também era extenso e bem conhecido, um exemplo disso é a dinastia Shang (1766-1027 A.C.) que possuía estratégia de carruagem portando um lanceiro e um arqueiro. Outro exemplo ocorre na dinastia Zhou e Chou (1027-256 A.C.) em que nobres assistiam torneios de arco e flecha.

Entre o século IV a IX, a proximidade entre China e Japão influenciou fortemente tanto nas técnicas de produção do arco em si, como na utilização e filosofia adjacente ao uso.

A literatura sobre arco-e-flecha era vasta na China desde há muito. Livros do fim da Dinastia Han (II d.C), como O livro dos ritos e O livro de Zhou, exerceram grande influência no Japão, levando consigo o pensamento de Confúcio.

As crenças confuncionistas de que, pela dedicação ao arco, uma pessoa poderia encontrar eu verdadeiro eu tiveram grande peso na cultura do arco-e-flecha japonesa.

Esse forte intercâmbio cultural com a China ocorreu principalmente nos séculos IV e V d.C., pela época do lendário Imperador Ōjin, e atingiu os valores, a ideologia e a etiqueta da Corte Japonesa até com relação ao modo de se praticar arco-e-flecha – nascendo aí o lado cerimonial da prática, cultivado ao longo da era feudal nipônica.

Então, enquanto os nobres da Corte se concentravam na parte cerimonial do arco-e-flecha, os guerreiros se focaram no kyūjutsu, as técnicas marciais de se usar o arco como arma. Além disso, segundo consta no Kojiki (o mais antigo livro japonês), ao uso do arco longo era associado ao grande prestígio tanto ideológica quanto culturalmente.

Um ditado chinês dizia: “De posse da flecha, o sábio resolve suas diferenças”; tal pensamento também se tornou próprio da cultura militar japonesa.

(Extraído de Kyudo Kay Brasil/RJ com adaptações)

 

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